O mundo em uma taças

Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que


viajarei pelo mundo através de seus goles.






quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Panizzon Ancellotta 2015

Na primeira vez que estive na Serra gaúcha, visitei Flores da Cunha e foi a única vez. Nessa visita de apenas 1 dia, muitos anos atrás, estive em 5 vinícolas e fiquei surpreso com o que encontrei. Lembro-me de ter ido à Panizzon em virtude de uma avaliação positiva da revista Adega do seu Merlot, como espetacular custo-benefício. Saí de lá com uma garrafa de um blend denominado Maximus (creio que seja isso). Anos após, tenho percebido uma maior aceitação do público geral pelos vinhos da Panizzon, já que essa enorme produtora ainda carregava um rastro de vinhos muito simples e de mesa. Posso dizer que a aceitação não é em vão e à julgar por esse Ancellotta, muito pode-se contribuir para a mudança de pensamento do viticultor brasileiro: "vinho bom não precisa ser caro!"
Pois é isso, o vinho é bom sim! A uva Ancellotta se deu muito bem na Serra gaúcha e muitas outras vinícolas também produzem um bom Ancellotta, mas a Panizzon o faz por um preço muito bom. Paguei 35 pirlas, mas pode ser encontrado até abaixo de 30 reais. Está muito além de um vinho simples para o dia-a-dia. É intenso, guloso e não é enjoativo. Tem grande vocação gastronômica. Não apenas cumpre a missão de escoltar uma refeição, também entrega prazer. Longe de ser um grande vinho, esse Ancellotta pode ser oferecido à um amigo ou parente gringo habituado com vinhos e não fará feio. Dentro de uma garrafa de Mendoza, arrancaria elogios dos "entendidos".
 
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário