Taí um Robert Mondavi mais barato e acessível. Um corte de 76% Cabernet Sauvignon, 13% Syrah, 5% Petite Sirah, 2% Petit Verdot, 1% Merlot e 3% outras variedades com uvas da Califórnia. Rubi com reflexos violáceos, aromas de frutas vermelhas com algo de especiaria, boca com boa sedosidade, frutado intenso, persistência média, taninos redondos. Com poucas harestas, é mais um vinho correto e fácil de beber. A novidade é que este vem dos Estados Unidos, tido até então como terra de vinhos caros, mesmo os mais básicos. Seu preço médio é de R$ 40,00, mas o comprei por R$ 26,00, preço que considero o ideal, apesar que temos vinhos mais baratos neste nível de qualidade. Vale pela curiosidade, mas não o tracaria pelo Casillero syrah ou malbec.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que
viajarei pelo mundo através de seus goles.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Chile parte VI: Viña Concha Y Toro, programão de turistão, mas legalzão!
É lotado, é uma muvuca de turista que não entende nada de vinho, é longe (aproximadamente 27 estações de metrô + ônibus urbano), mas é legal! O lugar é muito bonito, tem guia em português (algo raro) e a criançada curte muito! O tour básico custa aproximadamente R$ 40,00 e dura 1 hora, com visita à frente da antiga mansão do Marquês Concha Y Toro, passeio pelo jardim de variedades, visita às adegas subterrâneas e um pequeno show pirotécnico da lenda do Diablo. Termina com degustação do Trio sauvignon blanc e do Casillero reserva privada. No final, ganha-se a taça de brinde. Menores de 18 anos não pagam (óbvio!). Ao final, sente-se no Wine bar e deguste algumas taças de vinho com petiscos ou refeições. Bom ambiente e atendimento razoável com preços sem estourar os bolsos. Pode-se experimentar de tudo o que Concha y Toro produz de melhor, incluíndo Almaviva, Terrunyo e Don Melchor. O estrelato fica por conta da degustação de safras antigas do Don Melchor. Degustei o Epu, por cerca de R$ 20,00 a taça com 120 ml. Programa certo, sem erro!
Pionero Cabernet sauvignon 2011: Campeão do custo-benefício!
Figurinha carimbada dos enoblogs, nenhuma novidade para a grande maioria dos leitores, mas impressindível no dia-a-dia. Coloração violáceo-claro, com boa transparência, aromas de frutas vermelhas, leve cassis e um toque mentolado. Boca com taninos redondos, boa maciez, final médio e uma acidez muito gostosa. Um vinho simples, mas muito correto e bem gostoso, protótipo para o dia-a-dia, por apenas R$ 17,00 (Spani Atacadista), o que o faz um campeão de custo-benefício, o colocando na minha seleta lista de fenômenos do vinho, ao lado do Quinta de Cabriz tinto (R$ 23,00) e do Porta da Revessa Tinto (R$ 18,00). Nada mais à falar!
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Descomplicando o vinho: existem 3 tipos de vinho!
Tá, tudo bem, o mais eclético irá dizer: "Você está delirando, vinho é muito mais complexo do que isto!" Sim, com certeza! Mas, o que eu gostaria é que tudo fosse mais simples e foi na procura dessa simplicidade, que depois de 7 anos bebendo e estudando vinhos que cheguei à esta conclusão: existem 3 tipos de vinho! Vou explicar:
Vinho Tipo 1: Vinhos simples, com pouca complexidade, mas gostosos de beber e sem maiores defeitos. Previsíveis, mas corretos. Obedecem à uma certa tendência mundial de qualidade, sugerindo uma certa globalização do vinho ou em um termo mais cômico, seguem o "padrão FIFA". São vinhos para o dia-a-dia e na minha opinião, não devem custar mais que R$ 40,00, sendo que o ideal é que custem menos que R$ 30,00. Acreditem, eles existem!
Vinho Tipo II: Vinhos mais complexos, que fazem pensar e geram questionamentos e análises, além de incentivar a boa conversa entre os enófilos. Quando bem harmonizados, transformam completamente as refeições e geram momentos de alegria. São vinhos perfeitos para jantar de fim de semana, almoço de domingo ou reunião com amigos (que entendem de vinho). Se encontram em um patamar superior e custam mais que R$ 40,00, não devendo custar mais que R$ 110,00. Cuidado, que existem muitas armadilhas nesta faixa.
Vinho Tipo III: Vinhos com enorme complexidade, que encantam, arrancam suspiros e até lágrimas. Vinhos que evocam a infância ou nos fazem sentir parte dela. Vinhos que fazem você esquecer dos problemas do dia-a-dia e que fazem até você se sentir mais importante. Vinhos que te levam ao nirvana. Uma experiência tântrica! São os grande ícones, os top da cada vinícola. Sào os vinhos que simbolizam o potencial da vinícola e traduzem a arte do enólogo. Não têm preço!
Viram, simples assim!
Chile parte V: Viña Indómita. Surpreendeu positivamente !
É uma das vinícolas mais conhecidas do público brasileiro, até por sua imponente fachada bem às margens da estrada que liga Santiago à Viña del Mar, mas sempre foi rasgada como sendo uma vinícola de enorme apelo comercial. Desta vez, fui tirar a prova e gostei do que ví. A vinícola é muito bem distribuída, limpa e acessível. O restaurante é ótimo, tem boa comida (não tão boa como Casas del Bosque), bom atendimento e a melhor vista da região. E o que me amendrontava, o vinho surprrendeu positivamente. Bebi um Duette Chardonnay 2012, que foi o melhor vinho branco que eu bebi no Chile nesta última passagem. O restaurante está na faixa de preço dos demais e o vinho também. Gostei e recomendo!
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Chile parte IV: Restaurante da Vinícola Casas del Bosque, vale muito a pena!
Já comentei aqui que está muito caro comer no Chile, mas existem exceções à esta regra, não pelo custo baixo, mas pelo conjunto da obra. O restaurante da vinícola Casa del Bosque é o melhor exemplo do que acabei de escrever. Localizado dentro da vinícola, no meio das parreiras do município de Casablanca, o restaurante é bonito, aconchegante, amplo, pouco movimentado e tem ótimo atendimento. Os pratos seguem a média dos outros restaurantes em Santiago, custando entre R$ 40,00 e R$ 55,00, mas tem o melhor padrão de qualidade encontrado por lá, além de fugirem da mesmiçe e não fazerem parte da cozinha minimalista, que deixa o cliente com fome após a refeição. Resumindo, uma refeição para um casal, constando de dois pratos principais mais um vinho Gran reserva (em torno de R$ 50,00), fica em torno de R$ 170,00, já incluso a propina. Dispense as entradas, porquê o couvert (gratuito) já basta, assim como o boa quantidade de comida dos pratos de fundo. Se você for adepto de sobremesas, o custo irá aumentar um pouco. Achei o conjunto muito bom e indico sem medo de errar.
Neyen Espíritu de Apalta 2009
Degustei este vinho na vinícola Veramonte, que recentemente comprou esta marca e fiquei encantado. Comprei três garrafas ao custo de R$ 125,00 cada uma e posso dizer que vale cada centavo. Um corte de carmenére (predominante) e cabernet sauvignon com 18 meses de amadurecimento em carvalho francês, elaborado à partir de velhas parreiras do vale do Colchagua, algumas com 80 anos (SIC). Pessoal, esqueçam aquele conceito de carmenére achocolatado e potente, esqueçam também aquele mentolado típico chileno, este vinho é muito mais do que o óbvio. Com muita potência, taninos redondíssimos, fruta exuberante, este vinho traz uma elegância raramente encontrada em vinhos do Novo Mundo. A boa acidez não deixa o vinho ser cansativo e o final longo e persistente clamam pelo próximo gole. Mas, o que mais encanta neste vinho é o seu nariz: mais do que a fruta vermelha madura, mais do que a madeira muito bem integrada, o que chama atenção é o incrível bouquet de flores escuras que incendeiam o nariz, é literalmente como se estivesse cheirando umas dezenas de violetas, alfazemas, lavandas, etc. Um vinho extremamente equilibrado e delicioso até o último gole. Gosto é gosto e este vinho caiu ni meu gosto e digo, sem medo de cometer heresia, este vinho é do nível do Almaviva, o qual já experimentei duas vezes e não me arrancou suspiros como fez este vinho. Nota: 95 pontos.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Chile parte III: Está caro comer no Chile!
Pois é, amigos! Não é suposição, é fato! Em qualquer restaurante um pouco melhor que se entra, não se paga menos que R$ 45,00 um prato e não espere grande quntidade de comida, mas também não chega à ser minimalesca. Entrei em alguns bons restaurantes, outros de porte médio e uma ou duas bibocas e não constatei nada barato no antigo paraíso da boa e barata comida. Posso recomendar com absoluta certeza de que agradará à todos o restaurante da vinícola Casas del Bosque, em Casablanca e com alguma desconfiança, o restaurante da Viña Indómita, também em Casablanca. Já na capital Santiago, se prepare para colocar a mão no bolso, principalmente se você viajar com filhos, já que no Chile não há aquela opção de pratos para duas pessoas. Então, um almoço ou janatr com vinho envolvendo dois adultos e duas crianças, com uma garrafa de vinho, uma água e dois sucos, sem contar a sobremesa irá custar aproximadamente R$ 270,00 !!!! Se compararmos com São Paulo, não extranharemos o valor, mas se compararmos com churrascarias em que se come à vontade e cidades do interior onde se come muito mais barato, chegaremos à uma dúvida: será que O Brasil está tão bem assim, à ponto de todos (digo: TODOS) oe brasileiros que lá encontrei reclamarem dos preços. É Dilma, estamos bem demais, estamos de vento em polpa, somos a mais nova potência econômica do mundo, etc. Ridículo, experimente beber uma água em Santiago por R$ 7,00, um suco por R$11,00 ou uma empanada por R$ 12,00! De barato, só o vinho e na vinícola, porquê nos restaurantes, um vinho de supermercado que custa 7000,00 pesos é vendido à 15.000,00 pesos. Aff...
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Chile parte II: Vale à pena trazer vinhos do Chile?
Se esta pergunta fosse feita há 5 anos, a resposta seria obviamente sim! Mas, com o aumento do dólar (maravilha, né Dilma?), as dificuldades cada vez maiores em se trazer vinhos pelos aeroportos e a evidente inflação que ocorreu no Chile nos últimos anos (está tudo muito mais caro, em pesos), criam dúvidas sobre qual seria a resposta. Então, minha resposta é... depende! Se for vinho simples, cuja diferença de preço seja de poucos reais, não vale à pena. Os grandes ícones, pásmem, estão com preço igual ou mais caros que no Brasil. Então, uma boa opção seria a procura por vinhos de porte médio ou raridades. Vou exemplificar: o Medalla Real Cabernet sauvignon da Santa Rita custa no Brasil absurdos R$ 80,00, enquando que no Chile, se paga míseros R$ 17,00 !!! O Carmen reserva Cabernet sauvignon custa no Brasil cerca de R$ 60,00, enquanto que no Chile, se paga cerca de R$ 27,00. Encontramos no Chile o Casa Real Cabernet sauvignon Santa Rita, que não é o mesmo ícone que é vendido aqui por R$ 380,00 e sim, um produto para o mercado interno chileno, um cabernet protótipo do Maipo, uma delícia por cerca de R$ 50,00. Novidades como Bodegas RE e vinhos de autor como I latina (cerca de R$ 50,00) e Flaherty(cerca de R$ 50,00) também são bem vindos e custam bem mais baratos no Chile. Fique atento à pomoções; comprei 3 garrafas de Neyen espírito de Apalta, por R$ 120,00 cada uma, pechincha se levado em conta à excepcional qualidade do vinho e seu preço no Brasil: R$ 260,00. Use sempre a razão e vá sabendo o quanto custa o vinho no Brasil, para ter parâmetro de comparação. Espero que ajude à todos!
Chile parte I: Bodegas RE. A nova ousadia de Pablo Morandé.
Estive no Chile (novamente) por 10 dias e trago boas novidades. A melhor delas foi a descoberta da Bodegas RE, de propriedade de Pablo Morandé, o qual não é mais proprietário da Viña Morandé. Inclusive, seu emblemático restaurante House of Morandé, em Casablanca, mudou de nome e não leva mais o Morandé em sua faixada. Mas, Pablito realmente é ousado. Depois de ser o primeiro grande enólogo da Concha Y Toro, o grande descobridor do Vale de Casablanca e idealizador do Vigno (clube de vinho dos produtores de Carignan, no Vale do Maule), agora ataca com um projeto inovador, a Bodegas RE (REiniciar, REinventar). Trata-se de uma Bodega de pequena produção, com base em vinhos únicos, mesclas originais e maturação em tinajas de barro ou tanque de concreto (uma volta às antigas). Provei dois vinhos:
Chardonnoir 2011: um assemblage branco de chardonnay com Pinot noir, muito comum em espumantes, mas original para um vinho branco. Coloração para lá de original (pêssego), mas com aromas discretos e boca um pouco desbalanceada. Não gostei muito, mas valeu pela curiosidade. OBS.: este vinho recebeu 94 pontos do Descorchados. Preço do vinho na bodega: aproximadamente R$ 94,00.
Cabergnan 2008: um corte de cabernet sauvignon e carignan que capta muito bem as qualidades das duas cepas. Dois anos de amadurecimento em barricas riojanas e dois anos de envelhecimento em garrafa. Fresco, complexo, nervoso, amável. Um belo vinho. Guarda de mais de 10 anos. Aproximadamente R$ 94,00.
A degustação de duas boas taças dessas raridades custou aproximadamente R$ 40,00. A Bodegas RE é de fácil localização, ficando próximo à entrada principal da cidade de Casablanca, à aproximadamente 1 Km da estrada, antes da vinícola Loma Larga.
Cabergnan 2008: um corte de cabernet sauvignon e carignan que capta muito bem as qualidades das duas cepas. Dois anos de amadurecimento em barricas riojanas e dois anos de envelhecimento em garrafa. Fresco, complexo, nervoso, amável. Um belo vinho. Guarda de mais de 10 anos. Aproximadamente R$ 94,00.
A degustação de duas boas taças dessas raridades custou aproximadamente R$ 40,00. A Bodegas RE é de fácil localização, ficando próximo à entrada principal da cidade de Casablanca, à aproximadamente 1 Km da estrada, antes da vinícola Loma Larga.
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