O mundo em uma taças

Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que


viajarei pelo mundo através de seus goles.






sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Abreu & Garcia chardonnay 2012

Vinho de Santa Catarina, produzido por vinícola familiar. Tenho gostado dos vinhos de Santa Catarina e confesso que esta vinícola me despertou interesse, então comprei esta garrafa, mesmo sem o aval do dono da loja e o mesmo tinha razão. A vinícola ainda engatinha, por isso não quero ser duro. Com visual amarelo ouro, aromas de querosene e petróleo, além de pesado na boca, o vinho não emplacou e chegou à ser desagradável em alguns momentos. Os gauchos dominam a chardonnay no Brasil, com raras excessões. Classificação: *

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Ventisquero Root: 1 cabernet sauvignon 2013

Maior parte de cabernet sauvignon e um pouco de syrah, com 70% passando 10 meses em carvalho, compõe este vinho do Colchagua. Poucas arestas, compacto, boa acidez, só peca no álcool um pouco evidente. Em comparação, é melhor que o cassillero del diablo cabernet sauvignon. Agradável, bom para o dia-a-dia. Classificação: ***

Dehesas viejas joven 2013 e Desehas viejas roble 2013

São os vinhos do clube wine one de junho 2015. Parei de assinar o clube wine há alguns anos, porque entendi que os vinhos estavam vindo muito iguais, seguindo uma espécie de "padrão FIFA". Voltei agora com este plano mais básico e barato. Ambos os vinhos são elaborados com 100% tinta del país em Ribera del Duero e só diferem na passagem pelo carvalho: o joven não e o roble passa 3 meses. Vamos para o que interessa: ambos são palatáveis, corretos e valem os R$ 28,00. Muito bom para o dia-a-dia. Não acrescentam em nada nosso conhecimento enológico, mas não vão deixar ninguém irritado. Classificação: ***

Stupendo Pinot noir 2012

 


Vinho da LPG Wines, Vale dos Vinhedos. 12 meses de carvalho francês. Se propõe à ser um vinho tinto de luxo, mas não é. Com coloração mais escura e aromas mais "pesados", fica longe de ser pinot de verdade. Na boca, agrada mais, só que esqueçam que se trata de pinot noir. Não sei da composição exata deste vinho, mas é muito perceptível a presence de alguma(s) outra(s) casta(s). Está em promoção no site da vinícola por R$ 65,00. Não indico!
Classificação: **

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Yes, nós temos sauvignon blanc, ótimos!

Brasileiros e brasileiras, orgulhem-se de um novíssimo ótimo produto nacional: nossos varietais de sauvignon blanc são a grande sensação brazuca do momento. Estou falando dos ótimos exemplares da região de São Joaquim. De uma tacada só, mando quatro exemplos:
1- Quinta da neve sauvignon blanc: ao estilo chileno ou neo-zolandês, com aromas intensos de aspargos e boca com acidez crocante, bate muito importado mais caro. Em torno de 50 pirlas, é ótima compra.
2- Sanjo sauvignon blanc: bem parecido com o Quinta da neve, mas com menos intensidade. Vale os cinquentão.
3- Villaggio Bassetti sauvignon blanc: ao estilo francës, mais delicado e floral, não perdendo a acidez em boca. Para quem gosta de mais elegância, é justíssimo por aproximadamente 65 reais.
4- Villaggio Bassetti Donna Enny: sauvignon blanc barricado, diferente do usual e com resultado final que não vai gerar dúvidas, ame ou deixe-o! Eu amei! Muito estruturado, é denso, robusto e complexo, com estrutura de vinho tinto. Belo vinho e preço alto, mas vale: R$ 95,00.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Vinhos de São Joaquim: passei por lá ! Qual a minha opinião?

Nessas férias de julho, passei uns dias em São Joaquim para conferir de perto o que estão fazendo por lá. Seguem minhas impressões:

1- A cidade de São Joaquim é horrível! Toda esburacada, com poucas opções de hospedagem e de lazer, por outro lado, deixou uma boa impressão na gastronomia, com bons restaurantes. Nem de longe, lembra Gramado ou Campos do Jordão, então só serve para ver neve (quando tem) ou para quem gosta de vinhos (como eu).

2- O setor vitivinícola está ainda engatinhando, mas já apresenta ótimos resultados e o enoturismo ainda é um embrião.

3- A Villa Franccioni é belíssima, mas já está dominada pelo apelo commercial, com visitação robotizada. Se parece muito, guardando as proporções, com Miolo e Concha & Toro. Mas, o passeio é obrigatório.

4- A Quinta da Neve tem um portifólio muito consistente.

5- A Villaggio Bassetti é uma pérola à ser descoberta.

6- A grande uva da região é a sauvignon blanc !

7- A região de São Joaquim tem os melhores rosés do país.

8- Alguns bons resultados com a chardonnay e bom potencial para riesling, gewürztraminer e pinot noir.

9- Uvas tintas ainda não decolaram, mas quando o processo visa o baixo rendimento, o produto final é muito bom.

10- A Casa dos vinhos, no centro da cidade é um deleite para enófilos.

Volto com postagens mais específicas.

Voltei !

Olá pessoal, que gostam ou não de mim. Após longo periodo com o blog parado, eu voltei! Parei em função de inúmeras tarefas à cumprir, excesso de trabalho (coisa de medico) e para uma auto-avaliação. Continuo trabalhando muito, mas confesso que senti saudades de escrever, colocar no papel o que penso, sendo bobagem ou não. Volto reciclado, com uma visão bem diferente da que tinha, sem querer ser o dono da razão e nem influenciar cabeças, pensantes ou não. Sem essa de querer dar notas aos vinhos, mas opinando se o liquido que se encontra naquela garrafa disse ao que veio. Rodei por muitas regiões vinícolas, conversei com muita gente boa e outras nem tanto. Volto mais experiente e dinâmico, com textos mais curtos e que vão direto ao assunto. Vamos parar com essa de explicar como nasceu a vinícola, blá, blá, blá... Também, não vamos perder tempo detalhando características organolépticas e tentando definir minúcias para explicar um vinho. Não tenho tempo para isso, prefiro gastar este tempo bebendo calmamente o vinho! Quem quiser embarcar nessa, que venha comigo!