O Douro é considerado por muitos, a principal região vinícola portuguesa, quando se trata de vinhos de qualidade. Concordo com esta colocação se considerarmos os grandes ícones do Douro, mas quando o assunto é vinhos médios, acho que podemos encontrar melhor custo-benefício em outras regiões como Alentejo, Lisboa, Dão e Tejo. Este vinho é um exemplo do que estou dizendo. Corte de 30% Touriga Nacional, 20% Touriga Franca, 30% Tinta Roriz e 20% Tinta Barroca, com 13% de graduação alcoólica e envelhecimento de 6 meses em carvalho. Coloração rubi-violácea, aromas predominantes de ameixas maduras, toque floral bem interessante parecido com lavanda e violetas, madeira bem integrada, final médio e razoável persistência em boca. O álcool incomoda em alguns momentos. Paguei, em condições especiais, R$37,00 neste vinho, mas seu preço real é de R$54,00. Pelo valor menor, é honesto, mas por mais de 50 paus, vira uma furada. Reafirmo o quê disse, encontramos vinhos portugueses melhores de outras regiões pelo mesmo preço. O Douro é a terra do vinho do Porto e de grandes vinhos tintos secos, mas quando se fala em custo-benefício, perde para outras regiões portuguesas. Nota: 87 pontos.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
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Embora eu prefira os vinhos do Dão, no caso desse QPA eu acho que vale o preço; gostei muito dele. O problema do álcool se resolve com um tempo de aeração.
ResponderExcluirMas concordo que, em geral, o Douro seja melhor no caso de vinhos mais "top".
Abraços
Marcelo Carneiro