O mundo em uma taças

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viajarei pelo mundo através de seus goles.






terça-feira, 4 de setembro de 2012

Santa Augusta Cabernet sauvignon / Merlot 2008

Este vinho não é biodinâmico, mas aguardem que nos próximos anos estará chegando no mercado o primeiro vinho TINTO biodinâmico do Brasil, pelas mãos desta vinícola de Santa Catarina. Este corte de cabernet sauvignon e merlot não empolga e não traz nada de especial, sendo muito parecido com a infinidade de similares brazucas no mercado. Aliás, parece que virou moda aqui no Brasil, fazer corte de cabernet sauvignon e merlot, como se este fosse o "corte dos Deuses" e nada melhor pudesse ser feito. Que falta de criatividade! Vou mais longe ainda: que falta de coragem! Deve ser como os produtores pensam: "a merlot é a nossa melhor uva, mas deixe-me fazer um corte com a cabernet sauvignon, pois assim meu vinho fica mais chique e o povo vai comprar mais". Realmente, a uva cabernet sauvignon dá uma complexidade maior ao vinho, mas talvez o produtor pense mais na promoção do seu produto. Ora, sabemos que aqui no Brasil, a cabernet sauvignon dá resultados no máximo razoáveis, porquê não atinge seu ponto de maturação. Isto tanto é verdade, que os grandes produtores gaúchos estão transferindo suas vinhas de cabernet sauvignon para a região da Campanha gaúcha, onde chove menos, podendo a cabernet sauvignon chegar à um ponto de maturação deveras adequado para a colheita. Então, por quê não investir em outras uvas que comprovadamente dão bons resultados em solo brazuca. Como exemplos: Valmarino cabernet franc, Miolo terroir merlot, Quinta do Seival castas portuguesas, Angheben touriga nacional, Larentis Ancellota, etc. tempos atrás, provei o chardonnay (biodinâmico)  deste mesmo produtor e fiquei encantado com a qualidade do produto; será que foi o efeito biodinâmico? Mas, este corte não apresentou o mesmo nível, sendo um vinho apenas razoável, que se salva ao lado de uma bela picanha churrasqueada. Aí sim! Os fortes taninos e a acidez do blend fazem frente ao sangue da carne. Enfim, este vinho de coloração vermelho púrpura e razoável limpidez ( meio que característico do terroir catarinense), com aromas de pequenos frutos negros, cassis e caramelo e uma boca algo áspera, mostrou-se um pouco confundido pelo álcool aparente. Não compraria novamente. Nota: 85 pontos. Preço: em torno de R$ 49,00. Avaliação custo-benefício **.

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