O mundo em uma taças

Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que


viajarei pelo mundo através de seus goles.






quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Canepa Finisimo Carmenere 2010

Muita gente conhece o Canepa finíssimo cabernet sauvignon, figurinha carimbada dos enoblogs, mas este finíssimo carmenére é seu irmão menos famoso e como acontece com irmãos menos badalados, são quietinhos e competentes. Me agradou mais que o seu irmão mais famoso. Elaborado com 90% carmenére e 10% cabernet sauvignon do Vale do Peumo (o paraíso da carmenére), com estágio de 14 meses em barricas de carvalho. Visual extremamente jovial com um rubi escuro quase intransponível, manchas densas na taça e lágrimas grossas. Aromas que remetem à ameixas pretas, couro e chocolate amargo. Boca com boa acidez, taninos poderosos, boa maciez e ótimo volume. Final longo e bom retrogosto. Vinho para evoluir uns 3 anos na garrafa para ser bebido. Agora, podem bebê-lo ao lado de um bom churrasco. Nota: 90 pontos. Preço: em torno de R$ 55,00. Avaliação custo-benefício ***.

De Martino Viejas Tinajas 2011

Este vinho é a essência do talento e da obstinação de Marcelo Retamal, o enólogo "caçador de terroirs". Sim, o que pode ser mais estranho e pitoresco que um vinho 100% cinsaut do Vale do Itata (Chile), amadurecido 7 meses em tinajas de argila? Nada disso teria valor se o vinho não fosse bom, mas é! Sem nenhum contato com madeira e com álcool imperceptível na boca, o vinho tem um frescor alucinante, que o faz lembrar um grande Beaujolais e até um Pinot noir de ótimo nível. O visual mostra um vermelho rubi com boa transparência e nenhum traço evolutivo. Os aromas são de cersjas maduras, morangos silvestres e pura pimenta preta. Toques florais são evidentes. Na boca, tem acidez cativante, bons taninos e bom equilíbrio. Um vinho diferente que, em alguns momentos, lembra chiclete de tuti-fruti! Experiência válida, principalmente para conhecer algo que foge dos padrões atuais. Nota: 91 pontos. Preço: em torno de R$ 85,00. Avalição custo-benefício ***.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Cono sur bicibleta cabernet sauvignon 2011

É notório que os cabernet sauvignon chilenos atingiram um nível de qualidade tão alto, que até os exemplares mais simples, podem ser considerados no mínimo razoáveis. É o caso deste cabernet sauvignon, que tem em sua composição um pequena fração de outras cepas e que tem parte do vinho com passagem por barricas de carvalho. O visual é correto, tendo um bonito rubi-violáceo bem límpido e com transparência média. Os aromas até que tem um pouco de complexidade se destacando o cassis, em seguida as frutas vermelhas maduras com um pouco de pimenta preta. Na boca, tem corpo leve para médio, bom volume e agilidade, acidez correta e boa presença de taninos. O final é de curto para médio. É um vinho bem básico feito para o dia-a-dia, mas que tem algo mais. Em termos de comparação, pensem no Gato negro carmenere (vinho simples e correto) e coloquem este cono sur em um patamar acima. Não é encantador e não tem complexidade para enfrentar pratos mais elaborados, mas para o arroz, feijão, carne moída e salada de todo o dia, é o suficiente, ainda mais pelo seu preço (R$ 20,00). Isso mesmo, estou falando de um vinho de R$ 20,00! Querem outra comparação? Lembram daquela seleção do clube wine, em veio aquele vinho françês Auguste Bessac Lirac? Pois bem, é do mesmo nível, só que este françês custa R$ 60,00!!! Agora, se quiserem sentir aquele mentol chileno, paguem um pouquinho mais caro (R$ 34,00) no Carmem classic cabernet sauvignon. Comentei recentemente o Cono sur bicicleta Pinot noir, o qual está um nível acima do cabernet sauvignon. Nota: 86 pontos. Avaliação custo-benefício ***.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Para tudo !!!!! Patrocínio público para o Corinthinas ??? É brincadeira !?!?!?

Chega de ficar calado, chega de me ausentar nestas questões, não dá mais para aguentar! Primeiro foi a descição de construir um estádio para o Corinthians com dinheiro público (entendam, dinheiro meu e de vocês, dinheiro de impostos abusivos e de nenhum retorno) e agora um patrocínio milionário da Caixa para um time privado, o mesmo Corinthians! Que merda é essa? Será que é tanta coinscidência assim, o Brasil ser governado há 10 anos pelo PT, partido do Lula, corinthiano assumido e fanático? E, antes que o molusco diga "eu não sei de nada", vamos esclarecer que o mesmo foi fundamental para a escolha do Itaquerão como estádio para o Copa do mundo. Senhores leitores, independente do clube para o qual torcem e independente das preferências políticas de cada um, ponham a mão na consciência e utilizem apenas 1% da massa cinzenta cerebral para chegarem à uma simples conclusão: estamos sendo roubados! Já não basta a palhaçada do mensalão, o sistema de governo Robin-Hood, a compra indireta de votos através dos bolsas da vida, etc. e agora mais essa! Pelo amor de Deus, onde vamos chegar? Alguém tem que dar um basta nesta roubalheira! Joaquim Barbosa, nos socorra! Já o Lewandowski... Será que ele também é corinthiano?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Altos del plata chardonnay 2010

Nesta época de calor sufocante, cresce a procura por vinhos brancos, mais propícios para esta estação. A chardonnay é uma espécie de coringa, combinando bem com diversos alimentos. E como esta chardonnay tem características diferentes, dependendo do seu terroir de origem! Este exemplar vem de Mendoza (Argentina) e teve curto estágio em barricas de carvalho, o que não é demérito, visto que mais do que qualquer outra cepa, a chardonnay tem que ter um uso extremamente racional da madeira. Coloração amarelo ouro bastante brilhante. Aromas de frutas tropicais, mel e manteiga. Boca com carência de acidez, bom corpo, boa persistência, mas final amargo que incomoda um pouco. Escoltou com razoável competência um prato de peixe grelhado. Falta neste vinho o frescor do vinho branco. Aparece demais em boca o sol escaldante de Mendoza, sendo um pouco cansativo, necessitando de comida para finalizar a garrafa. Custa em torno de R$ 31,00 e apesar de barato, acho que temos melhores opções no mercado. Poe exemplo, com R$ 24,00 temos o Miolo reserva chardonnay com a mesma qualidade, com R$ 37,00 temos o Álamos em um patamar acima e pelos mesmos R$ 31,00 temos o Tamaya com uma qualidade maior. Nota: 85 pontos. Avaliação custo-benefício **.

Valmarino Cabernet franc X 2005

Já postei sobre este vinho há 1 ano e fiquei encantado com sua qualidade naquela época. Esta segunda garrafa ficou descansando em minha adega climatizada desde então e agora resolvi beber. Foi ótimo este intervalo de 1 ano entre as duas garrafas, pois pude observar bem sua evolução. Na época da primeira degustação, lembro-me de ter dito que este vinho aguentaria mais uns 2 ou 3 anos em seu apogeu. Acho que me enganei. O vinho está muito bom, redondo e macio. Seus taninos estão polidos e seu corpo continua denso, mas já aparecem notas balsâmicas e a acidez começa à dar adeus. Ainda está ótimo para acompanhar queijos fortes e pão ao forno de lenha, mas perdeu sua vocação gastronômica para pratos mais delicados. Quem ainda tiver uma garrafa deste vinho, abra em no máximo, 1 ano ou se possível, em 6 meses. Mesmo assim, considero um feito um vinho nacional chegar à 8 anos de evolução, algo impensável 10 anos atrás. Agora, vamos ver como está o Valmarino cabernet franc XIII 2008, ainda descansando em minha adega.

Morellino Di Scansano Fattoria del Barbi 2009

Um corte toscanês de 90% sangiovese e 10% merlot, com 6 meses de amadurecimento em barricas de carvalho. Uma descepção! Com características bem parecidas à um chianti mais baratinho, mas com um preço mais salgado, este vinho se preza unicamente para escoltar um prato de massa ou carne ao molho vermelho. Sim, é apenas mediano e não merece muitos comentários. Nota: 85 pontos. Preço: em torno de R$ 60,00. Avaliação custo-benefício **.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Carmenére argentino? E bom? Este é o Grãdum carmenére 2008

Sim, vocês não leram errado, é carmenére argentino mendozino da gema e dos bons! Este ótimo vinho surpreende pela elegância e boa complexidade, além de um equilíbrio muito grande. Seu visual é belo, brilhando um vermelho rubi com transparência média e boas lágrimas. Os aromas evocam frutas vermelhas maduras, muita especiaria, herbáceo e um mineral surpreendente. Na boca, o vinho deslancha de vez: é macio, tem frescor, taninos polidos, corpo médio, grande elegância, ótimo final. Pede sempre outro gole! Os 13,5% de álcool são imperceptíveis e os 12 meses de passagem por carvalho françês estão muito bem integrados ao conjunto. Um belo exemplo de que a carmenére também dá certo fora do Chile. Um vinho para sair da mesmiçe que tomou conta do mercado ultimamente. Vai agradar a grande maioria. Nota: 92 pontos. Preço: em torno de R$ 85,00. Avaliação custo-benefício ***.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Seleções Wine: um apanhado geral. Parte II

Olá, companheiros enófilos. Vamos seguir adiante com esta revisão das seleções do clube wine. Nesta segunda parte, vamos relembrar o segundo semestre de 2011.

Julho de 2011
Lagarde Guarda 2009 e Lagarde Malbec DOC 2009.
Dois bons vinhos argentinos: um mostrando toda a tipicidade de sua principal cepa e o outro trazendo elegância e potencial de guarda num belo corte. Ótima seleção à um preço muito bom.

Agosto de 2011
Beronia Crianza 2008 e Beronia Tempranillo Elaboración Especial 2009.
Se o objetivo era mostrar o lado clássico e o lado moderno (Novo Mundo) de Rioja, até que a seleção não descepcionou, visto que os vinhos traduziram muito bem este conceito. Mas, a qualidade do Tempranillo elaboración especial ficou devendo, enquanto que o crianza mostrou o que todos já conheciam. Foi uma seleção com opiniões divididas. Eu acho que passou por um triz.

Setembro de 2011
Valpolicella Superiore Ripasso Monti Garbi 2008 e Sponsà IGT Veronese 2009.
Uma das melhores seleções até hoje! Um belo vinho de Ripasso e um tradicionalíssimo vinho do Vêneto desembarcaram com um ótimo custo-benefício. Bola muito dentro!

Outubro de 2011
Artefacto Reserva 2010 e Artefacto Syrah Colheita Seleccionada 2010.
Vinhos super-maduros e super-concentrados, que não fazem juz ao valor cobrado. Bom para quem gosta de banho de madeira e compota de doces. Para mim, não agradou.

Novembro de 2011
Newen Pinot Noir Reserve 2010 e Newen Malbec Reserve 2010.
Gostosinhos, balanceadinhos, bonitinhos, mas não trouxeram nada de novo, nem no preço. Honesto, mas sem graça. Passou na casca.

Dezembro de 2011
Maycas Reserva Syrah 2009 e Maycas Reserva Especial Cabernet Sauvignon 2007.
Nada como encerrar o ano com chave de ouro, não é wine? Depois de duas seleções duvidosas, eis que aparece o coringa da wine. Uma bela seleção com o que o Limari tem de melhor: Maycas. Como criticar esta seleção? Que venham mais destas!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cono Sur "Bicicleta" Pinot noir 2010

Amigo enófilo, o quê é um vinho para o dia-a-dia? A minha resposta é: vinho para o dia-a-dia é um vinho gostoso, que gera um mínimo de prazer degustativo, tem vocação gastronômica, não é enjoativo e tem preço atraente. Mas, o quê seria preço atraente? É o que cabe no bolso de cada um! Calculando que se consuma duas garrafas de vinho por semana para o dia-a-dia, cada um veja o que pretende gastar por mês para este consumo gostoso e benéfico diário. Iniciei o post desta maneira, porquê este vinho chega quase a perfeição para o nosso dia-a-dia. É gostoso, gastronômico, versátil, leve e barato! Elaborado à partir de uvas 100% Pinot noir do Vale central chileno, mostra uma boa tipicidade da cepa aliado à um ótimo preço. Visual rubi brilhante, com boa transparência e sem traços de evolução. Aromas simples, mas típicos da casta, se destacando morangos e frutas vermelhas frescas. Boca bastante macia e aveludada, com boa acidez e taninos discretos. Servido numa temperatura um pouco mais baixa que o habitual, é bastante fresco e leve, se tornando facílimo de beber neste nosso calor sufocante. É tacada certa para agradar gregos e troianos e um verdadeiro coringa na harmonização. Nota: 87 pontos. Preço: R$ 20,00. Avaliação custo-benefício ****.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Seleções Wine: um apanhado geral. Parte I

Há tempos, venho recebendo comentários sobre o clube: dúvidas, custo-benefício, valores, etc. Sou assinante do clube wine há 2 anos e desde então não perdi nenhuma seleção. O que tenho conversado com colegas do ramo e outros assinantes do clube wine levam à uma mesma conclusão: ninguém tem dúvidas sobre o bom benefício médio das seleções, mas as mesmas têm variado muito. Então, resolvi fazer um apanhado geral das seleçòes do clube wine nos últimos 2 anos. Como o tema é muito extenso, decidi dividir em partes. Hoje, solto a parte I, que abrange o primeiro semestre de 2011:

Janeiro de 2011
Canepa Gran Reserva Finísimo Cabernet Sauvignon 2008 e Canepa Gran Reserva Finísimo Sauvignon Blanc 2010.
Boa seleção. Traz dois vinhos muito competentes e de boa tipicidade. O sauvignon blanc é um pouco superior tecnicamente, mas o cabernet sauvignon também é muito agradável.

Fevereiro de 2011
Las Perdices Viognier 2010 e Las Perdices Malbec 2009.
Escorregão do clube wine! Não dá para dizer que os vinhos são ruíns, mas são bem comuns. O malbec até que passa bem, mas o viognier foi um pouco descepcionante.

Março de 2011
Merlot Terroir 2008, Miolo Lote 43 Cabernet Merlot e Quinta do Seival Cabernet Sauvignon 2005.
Baita seleção do clube wine, com um custo-benefício incrível. Dois ícones nacionais e um outro bom vinho fazem desta única seleção brazuca, um marco do clube. Bola dentro!

Abril de 2011
Quinta do Alqueve Tradicional 2007, Quinta do Alqueve 2 Worlds Reserva 2004 e Quinta de São João DOC 2004.
Outra bela seleção, com bons vinhos do Tejo. O tradicional faz muito bem sua lição de casa, o 2 worlds é um ótimo vinho e o Quinta de São joão se aproxima de um ícone português. Muito bom custo-benefício da selção.

Maio de 2011
Atrium Merlot 2009 e Atrium Cabernet Sauvignon 2007.
Derrapadinha do clube wine. São vinhos bastante corretos, mas sem pretenções maiores. Não trouxeram nada de novo e não deixaram muitas saudades, apesar do merlot ser bem bacaninha, mas é só isso.

Junho de 2011
Escudo Rojo Tinto.
O vinho até que é bom, tem boa tipicidade e é difícil de não gostar. Chegou à custar até R$ 79,00 em outra importadora e agora chega para nós por R$ 50,00, valor que considero honesto para o mercado brasileiro. Mas, quatro garrafas do mesmo vinho!!!!!! Até o maior fã do escudo vermelho ficou verde de raiva!

Semana que vem, volto com a parte II. Abraços.

Carlos Reynolds Colheita 2009

Este foi um dos vinhos do mês de agosto de 2012 do clube wine. É um degrau abaixo do outro vinho da seleção, o Julian Reynolds reserva, mas também se mostra bem atraente. Elaborado à partir de aragonês (40%) trincadeira (40%) alicante bouschet (20%) , com 8 meses de estágio em grandes tonéis de carvalho francês de 15000 litros, este vinho esbanja elegância e difere completamente dos demais exemplares do alentejo. Visual vermelho púrprura com discreto halo aquoso e quase nenhuma distinção entre borda e olho denotam um vinho ainda jovem. Aromas de pequenos frutos negros como amoras pretas e framboesas, muita evidência de lavanda e especiaria notória, principalmente a pimenta branca. A madeira é imperceptível no nariz e muito menos na boca, onde o vinho exibe grande acidez, taninos vigorosos e corpo leve, tudo isto deixando o vinho com grande potencial gastronômico para cortes de aves cozidas lentamente em fogo baixo, risoto de frango, massa com molho ao sugo ou bolonhesa e até mesmo pizza de calabreza. Tem como pontos fortes a elegância, a exuberância aromática e o potencial gastronômico. Tem como pontos fracos o corpo leve demais, o álcool um pouco aparente e o preço um pouco acima da média. No todo, é legal! Nota: 89 pontos. Preço: R$ 50,00. Avaliação custo-benefício ***.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Viñedo de los Vientos Catarsis 2011

Vinho elaborado com 70% cabernet sauvignon e 30% Tannat com uvas da região de Atlântida (Canelones), no Uruguai. Com 8 meses de estágio em barricas de carvalho francês, este vinho tem como grande finalidade escoltar um churrasco. Como unha e carne, nascidos um para o outro, este vinho parece se misturar na gordura e no sangue de uma suculenta picanha. Não tem nada de diferente, não causa nenhum impacto, mas cumpre sua missão. Visual com coloração vermelho escuro, sem evolução. Manchas densas na taça denotam boa concentração. Lágrimas grossas escorrem vagarosamente pela taça. Aromas de pequenos frutos negros e algo de tabaco. Na boca, mostra boa estrutura e taninos bons de briga. Tem boa acidez e final médio. Precisa de carne para ser bebido. Nota: 89 pontos. Preço: em torno de R$ 50,00. Avaliação custo-benefício ***.

Dancing Bull Zinfandel 2010

Vinho do mês de outubro do clube wine. Proveniente da região de Sonoma (califórnia), elaborado com uvas 100% zinfandel e estágio de 3 meses em barricas de carvalho francês. É o típico vinho americano: correto, pouquíssimas arestas, fácil de agradar, descomplicado, feito para uso imediato. Mais americano que isso, só hamburger com batatas fritas! É o que o povo americano gosta, algo fácil, prático e honesto. Coloração rubi-violáceo com transparência média, lágrimas médias e algumas manchas na taça. Aromas descomplicados de frutas vermelhas maduras e madeira discreta e bem integrada. Boca com boa sedosidade, taninos polidos, acidez correta, médio corpo e razoável final. Com quase nenhum defeito, tem o álcool que incomoda um pouquinho de vez em quando. Corretíssimo, se este vinho custasse R$ 30,00, seria o sonho de consumo para o dia-a-dia, pois tem boa vocação gastronômica para nossos cortes de carne vermelha. Esta vinho não pode ser criticado por sua qualidade, mas fica uma ponta de decepção por não trazer nada de novo, porquê ele é elaborado para fazer o B-A-BA bem feito e consegue. Nota: 88 pontos. Preço: em torno de R$ 64,00. Avaliação custo-benefício **.