Comum demias? Óbvio demais? Talvez seja, mas também é certo que esta talvez seja a linha de vinhos brasileiros com melhor custo-benefício do mercado. E é por esta razão que eu inauguro hoje um novo sistema de avaliação para o blog Adega para todos. À partir de hoje, vocês irão encontrar aqui nas postagens, além da já conhecida avaliação centesimal (0 à 100) dos vinhos, também uma avaliação do custo-benefício (* à *****). Sim, o vinho pode ser bom, mas será que vale o preço pago? E os vinhos medianos? Dependendo do preço, talvez sejam uma bela compra. Os ícones valem o que custam? É para responder estas perguntas e facilitar a compra dos vinhos que irei colocar minha opinião pessoal, de um simples enófilo, como vocês. Ou seja, é de enófilo para enófilo, ou de leigo para leigo, como queiram os enochatos que se dizem entendidos em vinho. Aliás, tenho uma franca opinião de que tem gente demais metido à sabichão e que recebe propina de certas importadoras para comentar bem certos vinhos. Também sou da mesma opinião que estes enochatos também entendem de vinhos mais do que a imensa maioria, mas não são formadores de opinião. Os formadores de opinião são os editores de vinho de conceituadas revistas e os comentaristas mais famosos, como Jorge Lucki, José Inglês e tantos outros. Em uma outra estratosfera, estão Robert Parker, Jancis Robinson, Patrício Tapia, etc. O que pretendo em meu blog é simplesmente expor ao público minhas opiniões sobre minhas aventuras enológicas, sempre sinceras e sem vínculo comercial, despretenciosas e honestas. Posso, em muitas vezes, caracterizar erroneamente as caracetrísticas organolépticas de determinado vinho, mas o quê está certo ou errado? Se tal comentarista renomado diz que determinado vinho tem aromas de isqueiro ou xixi de gato, ele está coberto de razão e isto se torna uma verdade absoluta? Ora, sabemos que cada pessoa tem sensibilidade olfativa e gustativa diferente de outra pessoa. Então, não me atrevo à definir um vinho, mas me atrevo à dizer se o vinho é bom, através de uma nota e se vale a compra! Vamos ao vinho: elaborado na na Serra gaúcha com 85 % de cabernet sauvignon e 15% de outras coisinhas mais, este vinho de curto estágio em barricas de carvalho e custa cerca de R$ 22,00, ou seja, é feito com intenção de ser utilizado de forma despretenciosa e no dia-a-dia. O visual é bonito, com um rubi-violáceo com reflexos rubi, boa transparência e limpidez, lágrimas médias (13% de álcool) e sem manchas na taça. Passou no teste visual e agradou também no nariz, seu ponto forte: aromas nítidos de cassis (típico de cabernet sauvignon), amoras pretas, pimenta preta e leve madeira. Na boca, o vinho cai, revelando falta de corpo, acidez acima do ideal, álcool que incomoda em alguns momentos e taninos ainda por se desenvolver. Mas tem o lado bom, porquê a alta acidez o transforma numa boa opção gastronômica, principalmente para pizzas e massas com molho bolonhesa. Apesar de ser um vinho feito em larga escala e com objetivo de ser consumido logo, acho que tem boas chances de evoluir com alguns anos em garrafa, quando poderá estar mais macio, com taninos domados e álcool menos perceptível. Vale relatar o cuidado comercial da em balagem: garrafa pesada com rótulo bonito e bem trabalhado. Acho, que por este preço, é a linha de vinhos mais honesta do mercado de vinhos nacionais. Nota 86 pontos. Custo-benefício ***.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que
viajarei pelo mundo através de seus goles.
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