Em passagem pelo Chile, visitei uma das instalações da vinícola Emiliana e gostei muito muito da simpatia de seus funcionários, trazendo de "lembrança" uma garrafa de Coyan, o qual não me agradou muito, até porquê eu esperava mais deste vinho "cult" chileno. Depois disso, nunca mais bebi uma garrafa desta vinícola, até por certo receio de me dar mau. Mas, em passagem pelo supermercado, encontrei este Adobe reserva carmenére 2010, vinho orgânico, elaborado no vale do Colchágua. Muito bem pontuado e aclamado por ser um ótimo custo-benefício, decidi comprar para tirar a prova. A coloração é violácea bem jovial, sem traços de evolução. Boa concentração, mancha com moderação a taça. Tem aromas de frutas vermelhas em compota, cravo e marcante presença de baunilha. Boa maciez em boca, taninos também macios e uma acidez até que surpreendente para o Colchágua. Tem um bom final, que pede outro gole. Sai um pouco daquele carmenére protótipo com chocolate e pimentão, mas não esconde seu caráter bastante comercial, evidenciado na clara presença da madeira, mas fica longe de ser enjoativo. É um vinho muito fácil de beber e agradar, fazendo frente à poderosos rivais como Álamos, Terrazas, Cassillero, Carmen, La linda, etc. Estou começando à achar que este negócio de cultivo orgânico dá mesmo bons resultados, analisando os vinhos que já bebi. Realmente, é boa compra! Preço: R$ 30,00. Nota: 88 pontos. Avaliação custo-benefício ***.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
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