Álamos, de novo? Fazer o quê, não é? O produto é bom e honesto, então é figurinha carimbada dos enoblogs. Mas, desta vez vamos fazer diferente: que tal compararmos este syrah com outros vinhos da mesma linha? Vinho de coloração violácea, boa densidade e pouca transparência. Aromas de frutas vermelhas em compota, especiarias doces e baunilha. Boca com taninos vigorosos, acidez média, corpo médio, álcool presente e sem incomodar, madeira bastante participativa, final médio. Como se vê, não é muito diferente do cabernet sauvignon e do malbec da linha Álamos, o que sugere que o fator preponderante para caracterização destes vinhos é o terroir mendozino, com seu baixo índice pluviométrico e seu sol escaldante. Além de tudo, percebe-se nitidamente a madeira, recurso este, muito utilizado por Vigil e sua aquipe, para mascarar possíveis defeitos dos vinhos e manter uma boa qualidade média. E não é que eles conseguem? Talvez, esta habilidade em utilizar a madeira de forma racional, seja um dos grandes trunfos de Vigil e Catena. Continuo achando que o melhor vinho tinto da linha Álamos é o malbec, mas este syrah também é bastante agradável e mantém o estilo da linha: fruta madura, madeira, taninos fortes e bom preço. Vinho fácil de beber. Preço: R$37,00. Nota: 87 pontos. Avaliação custo-benefício ***.
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