Já comentei aqui que os hermanos deveriam investir mais em cepas brancas não muito comuns, como a Torrontés e a Viognier, visto a boa adaptabilidade destas em território argentino. Este exemplar que comento hoje, poderíamos dizer... que joga no meio campo dos vinhos brancos argentinos, com carácter mais defensivo, ao estilo Mascherano. Não compromete, mas também não enche os olhos e principalmente, a boca. Bebendo este vinho, dá para perceber nitidamente que esta cepa tem futuro na Argentina, porém parece que falta mão-de-obra qualificada para fazê-lo, ou seja, falta um expert no assunto Viognier, como há tantos sobrando quando se fala em Malbec. O vinho é concentrado, tem a tipicidade da cepa, mas falta o toque de elegância, falta o toque diferencial, falta a mão de quem sabe! Coloração amarelo-esverdeado (confesso que não gosto disto), brilhante e sem defeitos no visual. Aromas de pêssegos amarelos, damasco e lixia (lembra em alguns momentos a Gewus). Boca meio amarga comprometendo a avaliação, mas percebe-se algo de acidez e um corpo cheio. Retrogosto um pouco amargo. É um vinho para acompanhar comida e não para aperitivos ou entradas. Como eu disse, tem qualidade, mas tem que melhorar bastante para concorrer com exemplares até mais baratos. Nota: 86 pontos. Preço: R$ 45,00.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que
viajarei pelo mundo através de seus goles.
Joguei meu dinheiro fora.
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