A syrah é uma cepa nativa da França e tem seus grandes ícones no Rhône norte, mas também se adaptou muito bem em outros países do mundo, sendo que teve resultados expressivos na Austrália, Chile e África do Sul. Agora, começa à mostrar bons resultados em Portugal e na Sicília. Na Argentina, dá origem à bons vinhos em San Juan e Mendoza, mas agora começa à despontar em regiôes mais frias, como a Patagônia, o que mostra a versatilidade e grande capacidade de adaptação desta maravilhosa uva, a qual se dá bem em quase todos os terrenos e climas, gerando vinhos completamente diferentes dependendo do local onde é cultivada. Este vinho que apresento hoje, é um exemplo de syrah de clima frio, onde revela seu lado mais fresco e herbáceo, gerando um vinho para consumo em dias quentes. Visual vermelho rubi translúcido e límpido, com lágrimas delicadas. Aromas de frutas vermelhas frescas, leve especiaria, discreto herbáceo e algo da tosta da madeira (4 meses em barricas de carvalho). Corpo leve, frescor vivo, boa acidez, taninos presentes e soltos, final curto. Um vinho tinto para o verão, uma boa opção para quem não quer encarar um vinho branco. Tem pouca complexidade, mas tem personalidade e não perde a tipicidade. Não é um grande vinho, mas é melhor que muito Pinot noir ralo e frutado que existe por aí. Nota: 87 pontos. Preço: R$ 41,00. Avaliação custo-benefício ***.
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