O mundo em uma taças

Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que


viajarei pelo mundo através de seus goles.






domingo, 31 de outubro de 2010

Dois almoços, duas estórias.

Comer peixe em um restaurante típico, em frente ao mar, em plena Ubatuba é o "must" em gastronomia marítima, correto? Errado!!! Este fim de semana tive duas experiências diferentes com pratos marítimos, uma em cada dia. Sábado, almoçamos no restaurante Perequim, em Ubatuba, frente mar. Domingo, me atrevi na cozinha da minha casa. Vamos ao Perequim: ambiente simples, atendimento razoável, comida meia-boca e preço nas alturas. É possível uma moqueca para duas pessoas custar R$ 100,00? Sim! E isto ocorre em uma cidade onde existe fartura de peixe! Meu Deus! Como peixe melhor e mais barato em minha cidade (Guaratinguetá). Solicitei um abadejo e o que comi era tudo, menos abadejo, a não ser que estivesse descaracterizado por tanta farinha, champignon, batata, etc., coisas assim para dar volume ao prato; aja batata neste mundo! Para acompanhar, bebi meia garrafa do Valduga Premium Chardonnay 2010, vinho de coloração dourada, aromas de maracujá com mel, boca untosa, textura oleosa, boa acidez, mas maduro demais. Um pouco mais doce e teríamos um vinho de sobremesa. Nota: 84 pontos. É isto pessoal, o almoço não foi um desastre, mas ficou longe de honrar a cidade e o preço! Domingão, eleição e... camarão! Rosa, do melhor, comprado por mim mesmo, no mercado do peixe, em Ubatuba e o melhor: preparado por mim! De que maneira? Da mais simples possível: marinado em alho picadinho e sal e grelhado no azeite com salsinha e pimenta do reino. Para acompanhar, um arroizinho simples, feito na hora e só! Show de bola! Ficou ótimo. O camarão preservou sua textura e seu sabor marítimo e o arroz fez o seu papel de acompanhante, não encobrindo o sabor da estrela do prato. Por que não fazem isto nos restaurantes? É tão simples! Parece que só querem estorquir o pobre do freguês e cada vez mais! Ah! Quanto custou? R$ 20,00 + o prazer de cozinhar. E o vinho? Harmonizei com o Planeta Alastro Bianco 2008, da Sicília. Feito com uvas da casta Grecanico, com pequena parcela de Chardonnay. Coloração amarelo-palha, com reflexos dourados, brilhante, bela cor. Aromas de pêssegos brancos, flores brancas (margarida?), discreto mel e algo de castanhas. Na boca, seu ponto forte: sedoso, extremamente macio, se move maravilhosamente entre lingua e pálato. Tem acidez um pouco acima do ideal, mas é muito elegante. Bela surpresa! Nota: 90 pontos. Preço: R$ 45,00 (vinho do mês no clube wine). Enfim, finalizo concretizando um fato: minha casa é beeeeeemmmm melhor que o restaurante Perequim. Recomendo o vinho Alastro Bianco e não recomendo o restaurante Perequim em Ubatuba.

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