O mundo em uma taças

Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que


viajarei pelo mundo através de seus goles.






segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Restaurante La Cabrera (Buenos Aires) com Montchenot 2000

O restaurante La Cabrera de Buenos Aires , já postado várias vezes em blogs na internet, dispensa apresentações. Fui almoçar no La Cabrera Norte, o qual fica 100m de distância do tradicionalíssimo La Cabrera, este estava fechado para o almoço. Ambos os restaurantes ficam em Pallermo, distante 25 pesos de táxi do Porto de Buenos Aires (Atenção: não peguem o táxi em frente ao porto! Basta atravessar a rua, contornar a esquina e andar 100m para pegar um táxi por metade do preço!). Cheguei ao retaurante por volta das 14:30h e incríííível: estava lotado! Tive que esperar uns 30 minutos do lado de fora. Mas, quando se entra no restaurante, todo o esforço compensa: o ambiente é tudo aquilo que você não possa imaginar; uma mistura de novo com velho, tradicional com moderno, tendo direito à maquetes de aviões e panelas pendurados no teto, sem falar na carne à mostra, dentro de um refrigerador, bem no meio do restaurante, sendo que de hora em hora, vai um cozinheiro pegar um pedaço. A carta de vinhos é inusitada: em papel de jornal enrolado como um pergaminho, tendo uma grande variedade de vinhos, dos quais não tive dúvidas do que escolher: Montchenot 2000. Para quem não conhece, trata-se de um vinho feito nos moldes antigos, com muito tempo de passagem em enormes barricas de carvalho e muito tempo descansando em garrafa, para permitir que seja um vinho acima de tudo, elegante. Mas, é elegante sem perder a fruta e a potência. Tem linda cor rubi com toques cor de tijolo e halo alaranjado. Nariz delicioso, que  evoca frutas vermelhas e especiarias, com madeira perfeitamente integrada. Boca super sedosa, corpo valioso, álcool imperceptível. Longo final. Vinho de categoria superior por preço de pé-de-boi. Acreditem: R$ 50,00 no restaurante!!! Talvez, o único defeito seja uma pequena falta de complexidade, mas o vinho é tão balanceado, que nada deve à alguns grandes Bordeaux de preço 5 ou 10 vezes maior. Solicitei um bige de chorizo (que originalidade...) para acompanhar. Tudo estava ótimo e o preço, se não é uma barganha, também não assusta. A carne é muito macia e vem escoltada por várias pequenas guarnições (molhos, purês, etc.). Indico sem medo de errar. Vinho nota 92 pontos. Obs: O Montchenot da foto não é o 2000.

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