O mundo em uma taças

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viajarei pelo mundo através de seus goles.






quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Del fin del Mundo Reserva Malbec 2008

É realmente muito interessante o que ocorre com o mundo do vinho. Vejam bem, até alguns anos atrás, a Patagônia era totalmente desconhecida como zona produtora de vinhos, até que alguns corajosos empreendedores decidiram plantar uvas ou "ressucitar" velhas e largadas parreiras, apostando tudo neste novo terroir. À princípio, a uva que se destacou foi a Pinot noir, renegada por muitos em Mendoza e que enfim encontrava seu ambiente ideal na fria Patagônia (será?). Mas olha só como o mundo dá voltas; por mais que se tente cultivar Pinot noir na Patagônia, estes (com exceção do Chacra) ainda não conseguiram alcançar o grau de qualidade esperado e a uva que mostra melhores resultados na Patagônia é ...a Malbec! Coincidência ou não, após o "boom" de Pinot noir na Patagônia, começaram à surgir alguns bons Pinot em Mendoza!!! Deus salve a concorrência! A verdade é que hoje, já temos bons Pinot em Mendoza e que os melhores vinhos da Patagônia são de Malbec ou tem Malbec no blend. Este Del fin del mundo reserva malbec é um vinho que tem um apelo comercial muuuito grande e usa a "marca" Patagônia como ninguém, mas o vinho é bom? Na minha opinião, é apenas mediano. A coloração é típica de malbec jovem: violáceo escuro com grossas manchas e lágrimas. Os aromas são bem simples, de frutos vermelhos maduros e groselha, com uma boa contribuição da madeira. Na boca, se comporta bem apesar do álcool um pouco evidente. Tem boa acidez, corpo médio, taninos presentes e adequados e final médio. Como se percebe, é um vinho correto, com poucas arestas, mas não empolga em nenhum momento. A pouca complexidade o torna um "vinho chato", mas não chega à ser cansativo. Comparo este vinho ao nosso Salton Volpi Merlot, sendo que este último ainda está um degrauzinho acima. Acho que não vale o preço que se paga por ele (em trono dos R$ 50,00). Nota: 86 pontos.

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