Não se deixe enganar pelo nome: este vinho não é português e sim brasileiro! Elaborado em Florianópolis, isso mesmo, você não leu errado, é Florianópolis mesmo, com uvas provenientes de Monte Agudo (serra catarinense). É um blend de dois vinhos, sendo que o primeiro foi fermentado em baixa temperatura sem as cascas e o segundo foi fermentado em alta temperatura com as cascas. Após a mistura, o vinho estagiou em barricas novas de carvalho americano por 3 meses. Bem, como se vê, atrativos não faltam para comprar o vinho, mas será que o resultado final foi bom? O enólogo responsável pela produção é Rogério Gomes, que produz os vinhos na garagem de seu pai e como não poderia deixar de ser, em pequena escala. Este projeto vinícola é, até onde tenho conhecimento, o mais original e arrojado do Brasil. Quem mais se atreveria à fazer vinho em Florianópolis? Mas, o compromisso da Adega para todos é com a sinceridade e não posso deixar que admiração ou amizade interfiram na análise dos vinhos, mesmo sendo meramente uma opinião pessoal. Na coloração, o vinho começa bem, demonstrando um belo amarelo dourado muito brilhante, pouco comum aos chardonnays. O nariz é muito interessante, com notas de maracujá, damasco, pêssegos amarelos e um pouco de querosene. Na boca, o vinho descepciona: não consegue ter maciez e nem corpo, também carecendo de frescor e harmonia. Com um amargor que incomoda muito, peca pelo desequilíbrio, apesar de que melhora muito com a comida. Não sei qual foi a intenção do Rogério Gomes ao fazer este vinho, mas não me agradou. O ponto positivo é que este vinho é verdadeiramente um vinho de autor: pequena produção (apenas 260 garrafas) e materialização da idéia do seu enólogo criador, sem interferências de terceiros. Isto acarreta em divisão de mercado: uns irão gostar e outros não. Foi o primeiro vinho do Rogério que eu provei e ainda tenho mais cinco para experimentar. Pelo que andei lendo, os tintos são bastante elogiáveis. Só não entendo porquê os nossos amigos enoblogs evitam comentários negativos. Ora, críticas são extremamente construtivas, desde que não sejam ofensivas. Não gostei deste vinho e não compraria outra garrafa. Nota: 84 pontos. Preço: R$ 34,90. Avaliação custo-benefício **.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que
viajarei pelo mundo através de seus goles.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Quinta da Figueira Garapuvu Chardonnay 2010
Não se deixe enganar pelo nome: este vinho não é português e sim brasileiro! Elaborado em Florianópolis, isso mesmo, você não leu errado, é Florianópolis mesmo, com uvas provenientes de Monte Agudo (serra catarinense). É um blend de dois vinhos, sendo que o primeiro foi fermentado em baixa temperatura sem as cascas e o segundo foi fermentado em alta temperatura com as cascas. Após a mistura, o vinho estagiou em barricas novas de carvalho americano por 3 meses. Bem, como se vê, atrativos não faltam para comprar o vinho, mas será que o resultado final foi bom? O enólogo responsável pela produção é Rogério Gomes, que produz os vinhos na garagem de seu pai e como não poderia deixar de ser, em pequena escala. Este projeto vinícola é, até onde tenho conhecimento, o mais original e arrojado do Brasil. Quem mais se atreveria à fazer vinho em Florianópolis? Mas, o compromisso da Adega para todos é com a sinceridade e não posso deixar que admiração ou amizade interfiram na análise dos vinhos, mesmo sendo meramente uma opinião pessoal. Na coloração, o vinho começa bem, demonstrando um belo amarelo dourado muito brilhante, pouco comum aos chardonnays. O nariz é muito interessante, com notas de maracujá, damasco, pêssegos amarelos e um pouco de querosene. Na boca, o vinho descepciona: não consegue ter maciez e nem corpo, também carecendo de frescor e harmonia. Com um amargor que incomoda muito, peca pelo desequilíbrio, apesar de que melhora muito com a comida. Não sei qual foi a intenção do Rogério Gomes ao fazer este vinho, mas não me agradou. O ponto positivo é que este vinho é verdadeiramente um vinho de autor: pequena produção (apenas 260 garrafas) e materialização da idéia do seu enólogo criador, sem interferências de terceiros. Isto acarreta em divisão de mercado: uns irão gostar e outros não. Foi o primeiro vinho do Rogério que eu provei e ainda tenho mais cinco para experimentar. Pelo que andei lendo, os tintos são bastante elogiáveis. Só não entendo porquê os nossos amigos enoblogs evitam comentários negativos. Ora, críticas são extremamente construtivas, desde que não sejam ofensivas. Não gostei deste vinho e não compraria outra garrafa. Nota: 84 pontos. Preço: R$ 34,90. Avaliação custo-benefício **.
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