Muito ouvi falar sobre este vinho, inclusive que era um dos poucos bons e baratos Bonarda no mercado brasileiro. Deixei de comprá-lo várias vezes, porquê não se trata de uma cepa que me encanta. Recentemente, experimentei o Broquel Cabernet sauvignon, o qual não encantou, mas também não magoou. Paguei R$ 26,00 neste Bonarda e posso afirmar que, nesta faixa de preço, só tem um concorrente à altura no mercado: Colônia las Liebres. Acho o conjunto do Broquel mais harmônico que o Colônia. Coloração violáceo quase negro, intransponível. Mancha a taça com um vigor de fazer inveja, deixa lágrimas pesadas que escorrem lentamente. Aromas francos de frutos vermelhos em compota, evoluíndo para pequenos frutos negros, com toque de baunilha, leve tabaco e chocolate amargo. Chama atenção um toque floral selvagem, que se confirma na boca, fazendo confusão com a acidez bem presente neste vinho (lembrando neste aspecto o Amalaya de Colomé). Taninos presentes e bons de briga, corpo médio, retrogosto intensamente vermelho com final médio para longo. Álcool marcando presença sem incomodar. Como se vê, é um vinho bem complexo para a faixa de preço, mas não escapa de alguns defeitos como o excesso de madeira e a rusticidade algo exagerada. Mesmo assim, é uma bela compra e vai satisfazer até o consumidor mais exigente. Nota: 88 pontos. Entra para o time dos bons e baratos deste blog.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
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viajarei pelo mundo através de seus goles.
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