Quando se fala em Carmenere e Colchágua, logo se pensa em hipermaturidade, alta concentração e calor na boca, certo? Nem sempre! Comprei este vinho baseado em boas referências nos enoblogs e confesso que esperava um vinho super potente e com madeira à tona, mas para minha felicidade eis que se mostra um vinho tremendamente elegante, apesar de sua juventude. Uma linda coloração rubi muito brilhante até pode sugerir falta de concentração, mas uma "olhada" mais profunda mostra uma textura visual algo licorosa, já revelando um pouco do que há por vir. O nariz é muito bom mostando frutas vermelhas, especiarias, leve cedro e toque herbáceo. Muito elegante, fácil de ser confundido com um cabernet franc, também pode se passar por um Merlot de clima frio. Na boca, a surpresa: vinho com uma acidez e frescor raríssimo de se encontrar no Vale do Colchágua. Muito no estilo Velho Mundo, o vinho tem bons taninos, textura cremosa e corpo médio. Final ligeiro, mas que não compromete o conjunto. Álcool imperceptível. É o tipo de vinho dito "perigoso", pois é muito fácil de beber e de se acabar com a garrafa toda. Boa vocação gastronômica e custo acessivel (R$ 34,00), fazem deste vinho uma excelente opção para o dia-a-dia, mas se você o encontrar em uma carta de restaurante, pode pedir que não fará feio. Compra muito segura, eu garanto. Nota: 89 pontos.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
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tomei o 2012 e não me agradou... olha que gosto muito de carmenere.
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