Fiquei um certo tempo meio avesso aos vinhos argentinos, injustamente. Acho que foi por uma overdose hermana que durou uns dois anos. Passado o período de seca, retorno em bom estilo com um vinho argentino que foge um pouco da onda malbec. Este é um corte contendo 40% Malbec, 30% Cabernet sauvignon, 20% Merlot e 10 % Syrah, provenientes de Luján de Cuyo. É meus amigos, os argentinos são muito bons na arte do assemblage e nos deram um vinho balanceado, elegante e raçudo. A coloração é rubi-violácea com boa transparência e ótima limpidez. Lágrimas grossas percorrem a taça e denunciam o que há por vir. Aromas que fogem daquele malbec típico, devido à presença de outras uvas. Remetem à frutas vermelhas bem maduras, especiarias, algo de chocolate e flores. Muito elegante nos aromas, repete-se na boca: macio, sedoso, levemente tânico e com pouca acidez. Está ótimo para ser tomado agora, mas vai evoluir nos próximos anos, ganhando mais elegância e complexidade. O mais incrível neste vinho: não se sente os incríveis 15% de álcool. Boa compra, preço justo: em torno de R$ 56,00. Nota: 90 pontos.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que
viajarei pelo mundo através de seus goles.
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