O mundo em uma taças

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viajarei pelo mundo através de seus goles.






segunda-feira, 26 de março de 2012

Montes Alpha Syrah 2007, será que é tudo isso?

Guardado há tempos em minha adega e esperando por uma ocasião especial, este famoso vinho do Colchagua chileno, enfim teve sua oportunidade e não foi em nenhum grande evento, mas sim em um jantar de sexta-feira, harmonizado com um filet-mignon ao molho de carne com pimenta verde. Já passei da época de esperar grande coisa de vinhos famosos e muito comentados, mas a reputação de Aurelio Montes ultrapassa qualquer opinião formada. Pois bem, abri o vinho e coloquei na taça: começou bem com uma bela coloração vermelho rubi com reflexos violáceos, bastante limpidez e brilho, lágrimas grossas e abundantes. No nariz, frutas vermelhas maduras, bastante especiaria e o típico mentol chileno, mas o álcool incomodava e muito. Na boca, taninos corretos, acidez correta, médio volume, sedosidade média e de novo, álcool sobrando. Retrogosto um pouco amargo, final com boa persistência e razoavelmente longo. É um vinho que tem seus encantos e virtudes, mas também tem arestas à serem cortadas, como o álcool que insistiu em permanecer até o final, o que tornou o vinho um pouco pesado e incômodo. O problema está no preço, em torno de de R$ 75,00, salgado para a qualidade do vinho, que apesar de bom, não oferece nenhuma novidade e não encanta em momento algum. Resumindo, é aquilo que você já encontrou em um Syrah encorpado, carnudo, doce e mentolado chileno. Não é crítica, mas encontramos vinhos de igual qualidade (ou melhor) com custo mais baixo. Só para citar, temos o Santa Ema reserva Syrah, Perez Cruz Syrah (este é de preço semelhante, mas muito mais vibrante) e Tamaya reserva Syrah. Apesar de ser bom, não vale o quanto custa! Comprar o Montes Alpha Syrah é como comprar uma roupa de grife (Lacoste, por exemplo), paga-se caro demais por um produto bom, mas não melhor do que outros bem mais em conta. Nota: 89 pontos.

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