A importância de Robert Mondavi para o vinho do Novo Mundo é inquestionável, talvez sendo ele a figura mais importante do mundo do vinho fora do Velho continente. Consequentemente, ele cobra caro pelos seus vinhos, os quais têm muita qualidade, mas o que chega financeiramente acessível para nós, pobres mortais tupiniquins, é o basicão de sua brilhante criação, a qual alcançou o top com o magnífico e já mítico Opus One. Só que aqui, vamos rebaixar um "pouco" e falar sobre este pé-de-boi de Mondavi, o Zinfandel Private Selection. Não gosto muito de comentar rótulos, à não ser quando chamam demais a atenção e este é horrível, fazendo lembrar alguns vinhos de terceira categoria aqui no Brasil. Quanto ao vinho, este exibe uma coloração vermelho violáceo com reflexos granada e pouco brilho, não agradando muito. No nariz, um típico vinho americano, com muita concentração, se destacando ameixa preta seca, cravo em segundo plano e cedro. Na boca, tem bom corpo, acidez correta, taninos vigorosos, mas redondos e final médio. Chama a atenção o fato do álcool estar bem controlado, especialidade de Mondavi. É um vinho gostoso e fácil de beber, superior aos seus irmãos do sul da Itália, onde é chamado de Primitivo. Mas, não passa disso e por custar em torno de R$ 65,00, deveria oferecer muito mais. Bacaninha, mas caro pelo que oferece. Recomendável apenas para quem quer conhecer o estilo da Zinfandel americana e homenagear o saudoso Robert Mondavi. Nota: 88 pontos.
Um blog de um enófilo apaixonado pelo vinho, onde não existe relacionamento comercial com NENHUMA importadora, distribuidora ou qualquer empresa que comercializa vinhos, portanto totalmente livre para opinar, criticar positiva ou negativamente. Não tenho curso ou qualquer documento que demonstre minha técnica, apenas meus sentidos e minha honestidade. "Sigam-me os bons!"
O mundo em uma taças
Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que
viajarei pelo mundo através de seus goles.
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Sou curiosíssimo por esse vinho dele e pelos emblemáticos PNs.
ResponderExcluirÓtimo Post, abraços.
Raphael Baruki.
Pô, eu até que gostei deste vinho do Mondavi. Na ocasião foram servidos 3 vinhos além deste: Guentota AR (malbec); E outro da Nova Zelândia que não lembro o nome, mas que tinha um toque de anís que era horrível. Então o Mondavi foi o campeão da noite.
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