O mundo em uma taças

Dê-me uma taça com um pouco de vinho, que


viajarei pelo mundo através de seus goles.






terça-feira, 12 de junho de 2012

O dólar subiu! E agora, Mistral? E agora, Vinci?

Eu já comentei aqui sobre esta política que algumas importadoras têm de vender vinhos com preço estipulado em dólar. Quando o dólar cai, mais do que rápido, as importadoras aumentam o preço do vinho, reajustando o preço em dólar. Ou seja, se o dólar, que custava R$ 2,00, passa à custar R$ 1,60, as importadoras reajustam o preço de determinado vinho de US$ 16,50 para US$ 18,50. Mas, se o preço do dólar aumenta, o contrário não é feito. Isto é facilmente verificado na Mistral; por exemplo, o Álamos Malbec chegou à custar R$ 28,00 há 1 ano (se fosse reajustado corretamente, chegaria à aproximadamente R$ 25,50) e agora está custando mais de R$ 38,00!!! Isto, porquê estamos falando provavelmente de vinho em estoque, que foi comprado quando o dólar estava baixo! O mesmo se aplica à Vinci vinhos, a qual também utiliza a mesma política do dólar. E olha que eu não quero falar de outras coisas mais, como a ridícula exclusividade que a Mistral  "exige" de seus clientes, os quais ficam impedidos de veicular vinhos de outras importadoras em seu estabelecimento comercial. Isto contraria todas as leis da livre competitividade! Mas, caros senhores, a grande maioria dos consumidores de vinho neste pobre país é de leigos, os quais desconheçem estas aberrações de mercado e aceitam pagar uma fortuna para beber um Uxmal Malbec, o qual é vinho destinado à grande massa populacional em seu país de origem e que custa cerca de R$ 10,00 na terra dos hermanos. É por isso que escrevo este post de protesto, para abrir os olhos dos enófilos e leigos em geral, para que possamos virar a mesa, porquê NÓS é quem temos a faca e o queijo nas mãos! São as importadoras que precisam da gente e não nós que precisamos das importadoras, porquê somos nós quem compramos o produto!!! Basta! O domínio tem que ser nosso! Temos que boicotar esta política de preço, as altas margens de lucro e etc. Tanto a Mistral, como a Vinci têm um ótimo portifólio de vinhos, são extremamente corretos na entrega e não precisam disso para sobreviver no mercado; são importadoras gigantes e não míseras iniciantes. Quão ridículo é este nosso país, quão ridículo é o nosso povo, quão ridículos somos nós consumidores! Chega de pedir esmola!

7 comentários:

  1. Concordo plenamente com sua opinião!
    Cansei de pagar absurdos por vinhos que custam menos de 7 Euros nos países de origem!
    Uma pergunta: o que você acha da idéia de "proteger" o vinho nacional, sobretaxando o importado?

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  2. Acho ridículo! Mas, infelizmente é a regra em um país de terceiro mundo, onde só se pensa em levar vantagem (cada vez mais) em cima do outro

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  3. O ideal seria boicotarmos estas importadoras. Eu nao estou mais comprando vinhos nem da Mistral nem da Vinci. Grancru tbem reajustou e ja parei de comprar. Este é o unico jeito.
    E estou boicotando tbem os vinhos nacionais por conta do pedido de salvaguardas.

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    1. Descordo do Seu comentário! Já trabalhei numa grande importadora de vinhos (por ética, não irei citá-la) e a política de preços é bem diferente do que imaginam. Não tem como comparar os compradas em lojas ou restaurantes na Argentina ou qualquer outro país produtor de vinhos com os preços de ã venda no Brasil. Para terem uma idéia, quando o vinho é importado da Europa, para cada euro pago ao produtor paga-se 3 euros entre impostos, frete e serviços referentes a importação somando um total de 4 vezes o valor do produto comprado lá fora. No Mercosul esse valor diminui para 2,5 vezes o valor do produto comprado nas Bodegas. No mercado brasileiro existe os impostos internos, frete pois não é por mágica que o vinho chega na mão do consumidor. As importadoras (ou pelo menos uma boa parte das mesmas) não têm esse lucro monstruoso supracitado. QUEM LUCRA DE VERDADE SÃO AS LOJAS (OU SUPERMERCADOS) e não as importadoras. O preço varia de acordo com a prestação de serviços que os lojistas oferecem (localização da loja, serviços prestados...). As importadoras ainda promovem a venda do produto realizando eventos, degustações nas lojas....Tudo isso para o consumidor conhecer, degustar e apaixonar-se cada vez mais pelo vinho. Repito que estamos diante de uma cadeia extremamente grande de serviços e impostos. Se os impostos fossem menores, menor seria o preço também. Outra alternativa seria comprar uma passagem para o exterior e tentar trazer as garrafas de vinho preferidas. Entretanto, não esqueça dos custos da passagem, hospedagem e alimentação, transporte interno e, lógico, o preço do vinho selecionado. Se valer a pena, comunique-me. OBS: não esqueça que, se for sortudo para averiguar a bagagem, seus vinhos podem ficar retidos na receita federal. É mais comum do que pensa...
      Obrigado

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  4. Descordo do Seu comentário! Já trabalhei numa grande importadora de vinhos (por ética, não irei citá-la) e a política de preços é bem diferente do que imaginam. Não tem como comparar os compradas em lojas ou restaurantes na Argentina ou qualquer outro país produtor de vinhos com os preços de ã venda no Brasil. Para terem uma idéia, quando o vinho é importado da Europa, para cada euro pago ao produtor paga-se 3 euros entre impostos, frete e serviços referentes a importação somando um total de 4 vezes o valor do produto comprado lá fora. No Mercosul esse valor diminui para 2,5 vezes o valor do produto comprado nas Bodegas. No mercado brasileiro existe os impostos internos, frete pois não é por mágica que o vinho chega na mão do consumidor. As importadoras (ou pelo menos uma boa parte das mesmas) não têm esse lucro monstruoso supracitado. QUEM LUCRA DE VERDADE SÃO AS LOJAS (OU SUPERMERCADOS) e não as importadoras. O preço varia de acordo com a prestação de serviços que os lojistas oferecem (localização da loja, serviços prestados...). As importadoras ainda promovem a venda do produto realizando eventos, degustações nas lojas....Tudo isso para o consumidor conhecer, degustar e apaixonar-se cada vez mais pelo vinho. Repito que estamos diante de uma cadeia extremamente grande de serviços e impostos. Se os impostos fossem menores, menor seria o preço também. Outra alternativa seria comprar uma passagem para o exterior e tentar trazer as garrafas de vinho preferidas. Entretanto, não esqueça dos custos da passagem, hospedagem e alimentação, transporte interno e, lógico, o preço do vinho selecionado. Se valer a pena, comunique-me. OBS: não esqueça que, se for sortudo para averiguar a bagagem, seus vinhos podem ficar retidos na receita federal. É mais comum do que pensa...
    Obrigado

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  5. Danilo, agradeço que tenha visitado meu blog e ter dado uma opinião, a qual foi ética e valiosa. Mas, assim como ocorre com a Medicina, o fato da sua opinião ser discordante da minha não vai mudar em absolutamente nada o que penso sobre o assunto. Na prática médica,quando tenho convicção e conhecimento sobre algo, não vai ser um colega engravatado e arrogante que vai mudar minha conduta. Não estou me referindo à você como arrogante e engravatado, mas tenho convicção e conhecimento do que postei e não vou mudar minha opinião, a qual é a mesma da imensa maioria dos consumidores de vinho no Brasil. Aliás, é realmente muito estranho alguém que é consumidor e ex-funcionário de importadora, estar defendendo com tanta intensidade a moral destas. Danilo, não entendo como você sendo agraciado com a mais nobre das profissões, foi trabalhar em importadora. Muito estranho...

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    1. Concordo contigo Emilio. Fica muito mais barato comprar vinho numa loja que revende produtos da Mistral que diretamente com ela. O lojista fica com o imposto, aluguel e manuteção da loja (que no RJ é uma fortuna), funcionários, e diversos outros insumos e consegue fazer um preço muito melhor. Será que a Mistral reduz muito no atacado ou usurpa do consumidor final que adquire o vinho diretamente da importadora?

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